na justiça

MP deve recorrer para aumentar penas dos quatro condenados no caso Bernardo

Michelli Taborda

Foto: Reprodução

O Ministério Público (MP) deve entrar com um recurso para aumentar as penas dos condenados pela morte do menino Bernardo Boldrini. Conforme a assessoria de comunicação do MP, será feita uma análise da decisão da juíza Sucilene Engler Werle em relação às penas para que um novo cálculo de tempo seja feito.

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O recurso deve ser interposto ainda nos próximos dias. Assim que receber a intimação da decisão, o MP tem um prazo de dois dias para informar à juíza que entrará com recurso. Depois disso, são mais cinco dias de prazo para apresentação dos argumentos. 

Em contrapartida, as defesas dos quatro réus também devem recorrer dos resultados. Ao contrário do MP, eles querem a redução das penas.

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CONDENAÇÃO
Os quatro réus foram condenados, na última sexta-feira, pelo Tribunal do Júri de Três Passos, depois de cinco dias de julgamento. O pai do menino, o médico Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Ugulini, receberam as maiores penas: 33 anos e 8 meses de reclusão em regime inicialmente fechado e 28 dias-multa; e 34 anos e 7 meses de reclusão em regime inicialmente fechado e multa de 1/3 do salário mínimo, respectivamente.

Além deles, os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz foram condenados a 22 anos e 10 meses de reclusão em regime inicialmente fechado e multa de um trigésimo do salário mínimo; e 9 anos e 6 meses em regime inicialmente fechado e um trigésimo do salário mínimo. Como Evandro já cumpriu cinco anos de prisão preventiva, será o único a cumprir o restante da pena em regime semiaberto.

TRIBUNAL DO JÚRI
O júri teve início na manhã do dia 11 de março, no Fórum de Três Passos, cidade onde o menino morava com a família. Ao longo da semana, foram ouvidas testemunhas de acusação e de defesa, bem como os quatro réus. O pai de Bernardo, Leandro Boldrini, foi o único a responder, parcialmente, às perguntas do MP. Os demais réus optaram por permanecer em silêncio durante os questionamentos da acusação. 

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O MP ressaltou a omissão e a negligência de Boldrini com o filho, o que teria sido um dos fatores que resultou na morte do menino, ocorrida em 4 de abril de 2011, em Frederico Westphalen. Na ocasião, Bernardo havia sido levado pela madrasta até a cidade, acreditando que iriam comprar uma televisão. Na viagem, com a ajuda da amiga Edelvânia, Graciele teria feito Bernardo ingerir uma quantidade letal de midazolam - o que teria causado sua morte. Depois, de acordo com o MP, o corpo do menino foi enterrado em uma cova rasa, aberta pelo irmão de Edelvânia dois dias antes do crime. Soda cáustica foi usada para acelerar a deterioração do corpo, e o local foi tapado com folhas. 

O corpo do menino só foi encontrado 10 dias depois do crime, quando Edelvânia foi até a Delegacia de Polícia de Três Passos para contar o que havia acontecido. 

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